tag:blogger.com,1999:blog-61737632355954305102024-02-20T09:32:46.656+00:00Uma Janela Aberta para o Mundo - nos 50 anos do II Concílio VaticanoRui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-83118842945906111722012-11-20T11:59:00.000+00:002012-11-20T12:26:50.435+00:00A Liturgia, o Espaço e a Celebração da Fé das Comunidades<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8NqTCCYufCKYIY4_pLPxs2BPvmR6Cb6axN-YJdYvJPYtV5sPbnPdMiRzBtaowGbb3OzimzgtlC77CB622PMPYUnMmlFbq7VWx0KYMJiZNMeqG8tjtTFTp59SJTQPmgCrkP8a03roG3mTS/s1600/283329_473226222728294_658908685_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8NqTCCYufCKYIY4_pLPxs2BPvmR6Cb6axN-YJdYvJPYtV5sPbnPdMiRzBtaowGbb3OzimzgtlC77CB622PMPYUnMmlFbq7VWx0KYMJiZNMeqG8tjtTFTp59SJTQPmgCrkP8a03roG3mTS/s400/283329_473226222728294_658908685_n.jpg" width="180" /></a></div>
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<br />
<br />
Será já no próximo dia <strong>26 de Novembro, segunda-feira, às 21h30</strong>, a VIII sessão do Ciclo de Conferências «Uma Janela Aberta para o Mundo - nos 50 anos do II Concílio Vaticano». </div>
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A próxima conferência tem por título <strong>«A Liturgia, o Espaço e a Celebração da Fé das Comunidades»</strong>, e será orientada pelo Arquiteto <strong>Bernardo Pizarro Miranda</strong>. </div>
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Com um amplo trabalho na descoberta do sentido e relação entre a Arquitectura e a Liturgia, o conferencista esteve presente, nomeadamente, nas recentes jornadas «Liturgia, Arte e Arquitetura nos 50 anos do II Concílio Vaticano », realizadas na Universidade Católica de Lisboa a 15 e 16 de Novembro.</div>
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O encontro será, excepcionalmente, na própria <strong>igreja do Mosteiro da Serra do Pilar, Vila Nova de Gaia</strong>, e, claro, a entrada é livre e o convite é para todos!</div>
Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-9188013355180450322012-10-29T16:06:00.000+00:002012-10-29T16:08:29.942+00:00A Igreja: Natal continuado e processos de parto<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDvgEzdBCUOVKyXAEJIzSNMl2vLNpQbArY3a3v_HsVrO3s-4nUhrubEA5a8xY6icw41R4s6rtD6T_riKjiTqXXaG53pnP3yfRtTO0PsGEx-W_5ggbjeCO6_z1twk7ML795YGsM2AF-4CPN/s1600/018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDvgEzdBCUOVKyXAEJIzSNMl2vLNpQbArY3a3v_HsVrO3s-4nUhrubEA5a8xY6icw41R4s6rtD6T_riKjiTqXXaG53pnP3yfRtTO0PsGEx-W_5ggbjeCO6_z1twk7ML795YGsM2AF-4CPN/s320/018.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
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«Não é falsa analogia aquela pela qual se compara a Igreja com o mistério da Encarnação: assim como a natureza assumida pelo Verbo divino lhe serve como órgão vivo de Salvação, a ele indissoluvelmente unido, de modo semelhante, a estrutura social da Igreja serve ao Espírito de Cristo, que a vivifica, para fazer progredir o seu Corpo».</div>
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Foi a partir desta analogia, apresentada pela primeira vez pelo teólogo Möhler no século XIX e assumida pela <em>Lumen Gentium</em>, que nos sentamos na passada sexta-feira para escutar e aprofundar o sentido da Igreja como sinal e presença do mistério da Encarnação, e como um Corpo que, nos passos de Jesus, continua a nascer e a emergir na história. Uma imagem para falar da Igreja numa altura (sempre em risco de regressar) em que a Igreja era apenas identificada com a instituição, «sociedade perfeita» na expressão do cardeal Belarmino, perfeitamente estruturada numa hierarquia, na prática dos sacramentos, na organização do direito canónico.</div>
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José Pedro Angélico, cristão, apreciador da estética anos 70 (assumido pelo próprio), e também professor na Faculdade de Teologia do Porto, teve o prazer e deu o prazer à comunidade de partilhar um belo serão com uma linguagem muitas vezes esquecida do mistério da Igreja. Uma Igreja que se assume como sinal e pertença ao mesmo misterio da Encarnação é uma Igreja que reconhece a importância dos seus sinais, das suas instituições, dos seus gestos na medida em que estes significam e transparecem o Evangelho. A partir do momento em que esta missão é esquecida, os sinais e instituições tornam-se fins em si próprios, e perdem o seu significado.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo num processo de parto, de constante re-nascimento que, hoje, nos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, continua a ser uma urgência. A fidelidade ao Concílio (e ao espírito do Novo Testamento), exigem uma Igreja em constante interrogação, em vitalidade, à procura da sua missão, à leitura dos sinais dos tempos, à procura do Evangelho de Jesus na linguagem moderna. Uma Igreja que cristaliza a sua fé e o património do Concílio é uma Igreja que deixa de re-nascer.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisH3IC7KDXcnxCaomKGgTkXdlB9bQannNQCc20jB1KWfk0JmFZ3QdtYZOfzsMQyYMM6P4k0e-iOEpkHtjIcyOYUKEKHuMZ4VeKPt0b76j_F9O1T6mKu9WT606TdLsodhqmfs2sxZ5J1Ade/s1600/009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisH3IC7KDXcnxCaomKGgTkXdlB9bQannNQCc20jB1KWfk0JmFZ3QdtYZOfzsMQyYMM6P4k0e-iOEpkHtjIcyOYUKEKHuMZ4VeKPt0b76j_F9O1T6mKu9WT606TdLsodhqmfs2sxZ5J1Ade/s320/009.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-75616937367450162972012-09-24T09:36:00.000+01:002012-09-24T11:49:16.640+01:00Escritura e Tradição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7NCX-cnYWKwth19k28BkiQcgk7x4jGCufg6Ryz9Q9XYjRaphiF84X5v5tYgYbXEm2banrT0lo-Mpb63jD82uXpCjLxKDMaTxz8lbciZg3EqU5n2Q_8sfD2OlKGca9wjsUc0G5oF-q6sKN/s1600/marcador+netVI.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7NCX-cnYWKwth19k28BkiQcgk7x4jGCufg6Ryz9Q9XYjRaphiF84X5v5tYgYbXEm2banrT0lo-Mpb63jD82uXpCjLxKDMaTxz8lbciZg3EqU5n2Q_8sfD2OlKGca9wjsUc0G5oF-q6sKN/s320/marcador+netVI.jpg" width="144" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
E depois de umas merecidas férias, retomamos o Ciclo de Encontros sobre os 50 anos de abertura
do II Concílio Vaticano II.</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
A próxima sessão, nº 5, tem por título «Escritura e Tradição, Duas Fontes, um só Rio, uma só Re(ve)lação», e será orientada pelo teólogo Luis Leal.</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<strong><u>A sessão será na próxima
Sexta-Feira, dia 28 de Setembro, às 21h30.</u> </strong>O local é o do costume: o belo Salão Nobre do
Quartel da Serra do Pilar, e o convite, claro, é gratuito e aberto a
todos.</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
Até Sexta!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
«A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão ìntimamente unidas e
compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem
como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de
Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada Tradição,
por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de
Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que
eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam
fielmente na sua pregação» DV 9</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em></em></span> </div>
Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-61430611243133376092012-07-05T11:23:00.000+01:002012-07-05T11:23:29.404+01:00Memórias do Vaticano II<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiym73CTtd8AEU-2IzS2spWiH7hlw8I490UyQVtJRzOsXOTp1AvbKcnFw3TT_AvH19Xi9ipsT6EJlx2jPlpgyrKq0LvyneQhmuAvmjOJnHTDzAQkkbu2MoYi2DObU6yzv_nqkFPmEyTKpVN/s1600/benard-da-costa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiym73CTtd8AEU-2IzS2spWiH7hlw8I490UyQVtJRzOsXOTp1AvbKcnFw3TT_AvH19Xi9ipsT6EJlx2jPlpgyrKq0LvyneQhmuAvmjOJnHTDzAQkkbu2MoYi2DObU6yzv_nqkFPmEyTKpVN/s200/benard-da-costa.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
«Posso agora dizer, como é verdadeiramente digno e salutar, que se comemora hoje – 11 de Outubro de 2002 – o 40º aniversário do início dos trabalhos conciliares, em Roma, a 11 de Outubro de 1962. Outro dia perguntaram-me se eu me lembrava do que fiz nesse dia. Não me lembro. Mas lembro-me muito bem que estava em casa da Maria Leonor e do Nuno Bragança, quando, à hora do jantar, o Nuno chegou a casa a dizer que o Papa tinha anunciado, em São-Paulo-Fora-de-Muros a dezoito cardeais, a sua intenção de convocar um Concílio. Foi a 25 de Janeiro de 1959, cinco meses menos um dia antes do nascimento do meu filho mais velho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Papa era João XXIII, eleito a 28 de Outubro de 1958, aos 77 anos. Quando se soube dessa eleição, o mesmo Nuno – sempre o mesmo Nuno – comentou comigo que o Espírito Santo talvez se tivesse distraído um bocadinho. Depois do longo pontificado de Pio XII (1939-1958) dizia-se que a Igreja precisava de um ‘papa de transição’, que não reinasse muito. Um papa que não fizesse ondas. Será que havia esse tempo a perder, perguntava-me e perguntava-se o Nuno. Mas a homilia de coroação já foi uma surpresa. Ao assumir-se como Bispo de Roma, ‘irmão de todos os bispos do universo’, retirando a primazia à chefia da Igreja universal, tão proclamada por Pio XII, João XXIII espantou pela vez primeira (ou pela segunda, já que a escolha do nome também deixara muitos perplexos, pois que joões papas os não havia desde o século XIV).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a 25 de Janeiro de 1959 aconteceu muito mais. Um Concílio? Ninguém pensava nisso. E muito menos num concílio para aproximar a Igreja do mundo então contemporâneo. Daí o nosso entusiasmo nesse dia. Algo ia mudar. Uma nova era. Um Concílio – o 22º da História da Igreja – ia fazer parte da nossa história, quase cem anos depois do Vaticano I, que não era santo do nosso altar. Reforma da Igreja como Povo de Deus. Diálogo com os outros cristãos. Diálogo com o mundo. Durante os trabalhos pré-conciliares, estes forma os três grandes vectores de orientação do pensamento de João XXIII. Marcaram igualmente a primeira sessão conciliar (Outubro a Dezembro de 1962), a sessão que ‘tomou o pulso à Igreja’. Depois, foi a <em>Pacem in Terris</em>. Depois, a morte de João XXIII (3 de Junho de 1963, aos 81 anos, cinco anos incompletos de pontificado).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas quem viveu esses anos, por exemplo em Portugal, recorda um clima como nunca mais se viveu na Igreja. Aqui, a política deu-lhe um tempero especial. O reinado de João XXIII coincidiu com o exílio do Bispo do Porto, com as primeiras manifestações de católicos contra o regime, com o <em>Santa Maria</em>, com o fim da Índia Portuguesa e com o começo da Guerra de África, com os movimentos estudantis, com os livros da Moraes, com o aparecimento da Pragma e de <em>O Tempo e o Modo</em>. A propósito de tudo, discussões frementes e veementes. O baluarte católico era o primeiro dos bastiões do salazarismo a mostrar rombos. A <em>Seara Nova</em>, revista marxista, publicava o retrato do papa na primeira página, coisa inimaginável nos quarenta anos de vida da revista. Em meios muito conservadores, rosnava-se que já tinha havido outro João XXIII, anti-papa. Quem se seguiria?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto rezámos para que o sucessor fosse esse cardeal Montini, que já tínhamos sonhado ver suceder a Pio XII. E foi Paulo VI. No dia a seguir à eleição, visitei Mário Dionísio, então meu colega como professor no Camões, que estava hospitalizado. Marzista dos quatro costados, militantemente agnóstico, saudou-me com um largo aceno: ‘Vocês agora têm um Papa a valer’. Sorri-lhe, orgulhoso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas cedo começaram algumas reticências sobre o novo Papa. ‘Forma Pacelli, fundo Roncalli’, dizia-se. Quando saiu a <em>Ecclesiam Suam</em>, primeira encíclica de Paulo VI, escrevi <em>n’O Tempo e o Modo</em> um artigo que procurava desesperadamente provar (ou ‘poeticamente’ provar, como me acusava, de Roma e da ‘Capela Sinistra’ o Manuel Lucena, que me recordava que o mais poético nem sempre é o mais verdadeiro), que Paulo VI evoluía na continuidade do seu predecessor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi mais fácil sustentá-lo na 3ª sessão (14 de Setembro a 21 de Novembro de 1964) e na 4ª (28 de Setembro a 8 de Dezembro de 1965). Em 1964, no mesmo <em>O Tempo e o Modo</em> um certo Manuel Frade já via nos textos conciliares ‘muito mais da multissecular sabedoria da Igreja do que daquele pouco da ‘loucura de Deus’ de que todos os homens têm fome’. E acrescentou: ‘O milagre não se deu’.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, se institucionalmente se não deu (e dos milagres aos cismas, vai às vezes um passo, como recordou outro padre conciliar) para mim esses anos – anos da <em>Concilium</em> que a Helena Vaz da Silva espalhou por Portugal e pelo Brasil – foram anos milagrosos. Quem me tirasse esses anos não me tirava tudo, mas tirava-me muito. Como escreveu José Bergamín, esses foram anos em que ‘on respire au Vatican/Une aura si idyllique/Que le Diable devient chrétien/Tout en restant catholique’.»<span id="more-1565"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Um excerto retirado de Joao Bénard da Costa, «Crónicas: Imagens Proféticas e Outras» (1º volume), Lisboa 2010, págs. 78-81</em></div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-79238458370905801582012-06-30T12:09:00.000+01:002012-06-30T12:09:04.489+01:00A Caminho do Vaticano III?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2YCE4IT2fvAq5261_OlgHeKMv8RTW1Do-oBOp_U2auK6cag0smt5mbAzuGCCtwWFTWmNwGQwbnZczHJ5-tMtU4IJnTtfnoHpXy76wVBTv7pzI51VpmBuzkFf_oB8K4vklfCtvNaFzz-id/s1600/aborges2011.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2YCE4IT2fvAq5261_OlgHeKMv8RTW1Do-oBOp_U2auK6cag0smt5mbAzuGCCtwWFTWmNwGQwbnZczHJ5-tMtU4IJnTtfnoHpXy76wVBTv7pzI51VpmBuzkFf_oB8K4vklfCtvNaFzz-id/s200/aborges2011.png" width="151" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
«Durante esta semana, em Santander, na UIMP (Universidade Internacional
Menéndez Pelayo), realizou-se um Curso de Verão sobre os 50 anos do Concílio
Vaticano II (1962-1965). A direcção pertenceu ao teólogo Juan José Tamayo. O Concílio foi um enorme acontecimento. Sem ele, é inimaginável a situação da
Igreja Católica e, consequentemente, dada a sua influência no mundo, também do
próprio mundo. Como sublinhou Tamayo, operaram-se grandes transformações:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De uma Igreja que se considerava uma sociedade perfeita passou-se à Igreja
como comunidade de crentes. Do mundo como inimigo da alma ao mundo como lugar da
vivência da fé. Da condenação da modernidade e das religiões não cristãs ao
diálogo multilateral. Da condenação dos direitos humanos ao seu reconhecimento e
proclamação. Da condenação da secularização à sua defesa, no sentido do
reconhecimento da autonomia das realidades temporais. Da Igreja imutável e
imóvel à Igreja que deve estar em constante reforma. Do integrismo católico ao
respeito pelas outras crenças. Do autoritarismo centralizado em Roma à
colegialidade episcopal. Da Cristandade ao cristianismo. Da pertença à Igreja
como condição necessária para a salvação à liberdade religiosa como direito
humano fundamental. De uma Igreja europeia a uma Igreja verdadeiramente
universal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Houve limites? Alguns, maiores: apesar de certa abertura ao mundo, o seu
carácter eurocêntrico - o horizonte de compreensão foi a modernidade europeia e,
nesse quadro, a problemática da crise de Deus no mundo ocidental e o fenómeno da
descrença -, e a não centralidade da opção pelos pobres, não se dando a devida
atenção às maiorias populares do Terceiro Mundo. O Ocidente acabou por ser o
destinatário principal do Concílio. Depois, o antropocentrismo exacerbado fez
com que a problemática da ecologia fosse ignorada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns temas foram silenciados. O Papa Paulo VI impediu que o tema do
celibato dos padres fosse debatido - mais tarde, num Sínodo Episcopal,
submeteu-o a votação, mas a maioria dos bispos opôs-se. O lugar das mulheres na
Igreja e, concretamente, a sua ordenação, bem como o controlo da natalidade,
foram arredados do debate. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No dizer de Tamayo, "o Concílio foi uma curta Primavera a que se seguiu um
longo Inverno, que dura há mais de 40 anos". Perante os excessos de então, Paulo
VI, que tinha convictamente levado a termo o Concílio, mas que era um
intelectual hesitante, teve receio e começou a pôr algum travão, numa história
de avanços e recuos. Depois, já com João Paulo II, avançou a involução e pôs-se
em marcha "um programa calculado de restauração". Acentuou-se o carácter
hierárquico-papal da Igreja, limitou-se a liberdade de investigação teológica,
muitos teólogos foram condenados, passou-se do pensamento crítico ao pensamento
único e dogmático, a Cúria readquiriu poder, os bispos conciliares foram sendo
substituídos por bispos fiéis ao neoconservadorismo e ao Vaticano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com Bento XVI, que constituiu uma surpresa pela sua humanidade, por medidas
fortes contra o clero pedófilo, pela admiração por parte dos intelectuais, o
caminho da involução continua: aí estão a restauração da Missa em latim, as
negociações com os lefebvrianos, a condenação de teólogos, a centralização. Perante a grave crise que atravessa hoje a Igreja, muitos reclamam um novo
Concílio: um Vaticano III, convocado por um João XXIV. Mas há quem, para lá de
outras objecções, lembre a questão financeira: um novo Concílio seria demasiado
caro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pergunta-se, então, se não deveria dar-se, pelo menos, a convocação dos
Presidentes de todas as Conferências Episcopais do mundo - há quem, com razão,
questione a utilidade do cardinalato -, para resolver problemas urgentes: os
escândalos no Vaticano, a questão do celibato, o lugar da mulher na Igreja,
reformas das estruturas eclesiásticas, maior descentralização, uma linguagem
nova para a expressão da fé, questões novas postas pela globalização e pelas
novas tecnologias, tanto no domínio da comunicação como no da vida.»</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Anselmo Borges, in<em> Diário de Notícias</em> - 30 de Junho de 2012</div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-87643285524703767722012-06-23T09:50:00.000+01:002012-06-23T09:55:21.824+01:00Mundo: de Inimigo a Interlocutor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFmLANJXoHmBRmTLa4G5UL73lc-myFIgQi-BUSH3BDei9jVZkThpACSsPI3hhkNFISzvQ09VxZ6MeRx2uTLtkQQRjT4PdUi-ZpJbFT5-L6iL6AOfFSCj45lIuC7FYcLqYfM6YfQgpFgyAC/s1600/panfleto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFmLANJXoHmBRmTLa4G5UL73lc-myFIgQi-BUSH3BDei9jVZkThpACSsPI3hhkNFISzvQ09VxZ6MeRx2uTLtkQQRjT4PdUi-ZpJbFT5-L6iL6AOfFSCj45lIuC7FYcLqYfM6YfQgpFgyAC/s400/panfleto.jpg" width="180" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Será já na próxima semana a IV sessão das comemorações dos 50 anos de abertura do II Concílio Vaticano II: «Mundo: de Inimigo a Interlocutor».</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<u><strong>A sessão será na próxima Quinta-Feira, dia 28 de Junho, às 21h30</strong></u>, e não dia 29 como previsto, devido à realização de um concerto musical neste dia na Serra, organizado pela Câmara Municipal de V. N. Gaia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O local é o do costume: o belo Salão Nobre do Quartel da Serra do Pilar, e o convite, claro, é gratuito e aberto a todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Para os que têm fé, uma coisa é certa: a actividade humana, individual e colectiva, ou aquele esforço gigante, com que os homens se atarefam ao longo dos séculos para melhorar as condições de vida, considerado em si mesmo, corresponde à vontade de Deus.» <em>GS 34</em></span></div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-54393610601711767172012-06-09T11:34:00.000+01:002012-06-09T11:34:27.212+01:00Celebrar e viver o Concílio Vaticano II - nota da CEP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><img alt="Foto" height="220" src="http://www.snpcultura.org/fotografias/vaticano_ii.jpg" width="190" /></span></div>
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Celebrar
os 50 anos da abertura do Concílio no Ano da Fé<o:p></o:p></span></span></b></div>
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>1.</strong> Na Carta apostólica A Porta da
Fé, assim se exprime o Papa Bento XVI: «Pareceu-me que fazer coincidir o início
do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia
ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança
pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, “não
perdem o seu valor nem a sua beleza (…). Sinto hoje, ainda mais intensamente, o
dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no
século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do
século que começa”. Quero aqui repetir, com veemência, as palavras que disse a
propósito do Concílio, poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de
Pedro: “Se o lermos e recebermos, guiados por uma justa hermenêutica, o
Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação
sempre necessária da Igreja”»<em> (Bento XVI, Carta apostólica Porta Fidei, 2011.10.11, n. 5)</em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Celebrar o cinquentenário do
Concílio, nestes tempos em que a fé deixou de ser um dado evidente, há de ser
uma ocasião para aprofundarmos tão grande dom de Deus, que nos faz experimentar
a alegria e o entusiasmo do encontro com Cristo na comunidade da sua Igreja. Se
a nossa fé não se renova, facilmente degenera num adorno espiritualista e as
práticas religiosas não passam de rituais sem alma e coração. Para nada serve o
sal que perdeu a força e a luz que fica escondida (cf. Mt 5, 13-16).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Não basta mostrar a nossa
concordância com os documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja
Católica, publicado há 20 anos como sua aplicação catequética. É preciso fazer
descer à prática quotidiana a riqueza dos seus ensinamentos. Pelos frutos de
caridade se conhece a árvore da nossa fé (cf. Mt 7, 17-20). É preciso que a
nossa fé encarne num estilo de vida cristã, na família e no trabalho, na vida
social e política. Cristo exorta-nos à coerência entre fé e vida real: «Nem
todo o que me diz: “Senhor, Senhor” entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que
faz a vontade de meu Pai que está no Céu» (Mt 7, 21). E S. Tiago recorda-nos
que «a fé sem obras está morta» (Tg 2, 26), é inexistente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Pôr em prática o Concílio</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Cambria","serif"; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"></span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><strong>2.</strong> A convocação do Concílio
Vaticano II deu<span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">‑</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">se 90 anos depois da realização do
Concílio Vaticano I, que foi interrompido abruptamente dadas as con</span>vulsões
pela unificação de Itália, a 18 de dezembro de 1870. A 25 de janeiro de 1959,
na Basílica de S. Paulo extramuros, João XXIII, eleito apenas três meses antes,
anunciou, inesperada e solenemente, a convocação de um Concílio ecuménico.
Tinha em mente não apenas «o bem estar do povo cristão», mas também um convite
às «comunidades separadas para a busca da unidade». Sem consultas prévias aos
Bispos da Igreja universal, como tinha feito Pio IX antes da convocação do
Concílio Vaticano I, João XXIII decide esta convocação «por uma repentina
inspiração de Deus», apelidando este Concílio como «flor espontânea de uma
inesperada primavera». A Igreja viveu «um novo Pentecostes», como chamou o
mesmo Papa ao Concílio. Um dinamismo de renovação foi experimentado na Igreja,
aos mais diversos níveis e quadrantes geográficos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">O Papa Paulo VI, na Carta
apostólica em que declara encerrado o Concílio, confirma e exorta ao seu
cumprimento, assim afirma: «Foi o maior Concílio pelo número de Padres, vindos
de todas as partes da terra, mesmo daquelas onde só há pouco foi constituída a
hierarquia; foi o mais rico pelos temas que, durante quatro sessões, foram
tratados com empenho e perfeição; foi o mais oportuno, enfim, porque tendo em
conta as necessidades dos nossos dias, atendeu sobretudo às necessidades
pastorais e, alimentando a chama da caridade, esforçou-se grandemente por
atingir com afeto fraterno não só os cristãos ainda separados da comunhão da Sé
Apostólica, mas até a inteira família humana» <em>(Paulo VI, Carta apostólica In Spiritu Sancto, 1965.12.08)</em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A Igreja de Cristo é hoje a
Igreja do Concílio Vaticano II, que nos compete continuar a aplicar com
fidelidade criativa. Queremos dar graças a Deus por este Concílio providencial
que continua a inspirar a Igreja. No decurso do movimento de renovação
conciliar, ocorreram hesitações e desvios, que não se podem atribuir a este
evento de grandeza ímpar, que João Paulo II apelidou de «seminário do Espírito
Santo», aberto ao mundo. Felizmente a receção do Concílio Vaticano II deu<span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">‑</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">se entre nós de um modo globalmente positivo. A</span> celebração do
presente aniversário deve levar<span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">‑</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">nos a um
exame de consciência, pessoal e comunitário, para vermos o que falta fazer para
implementar o espírito e a letra do Concílio.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Iniciativas pastorais para viver o Concílio</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Cambria","serif"; mso-ascii-theme-font: major-latin; mso-hansi-theme-font: major-latin;">3</span></b>. O Santo Padre quis fazer
coincidir o início do Ano da Fé com a celebração do cinquentenário da abertura
do Concílio Vaticano II. Assim, recordamos a importância de integrar nos nossos
planos pastorais as indicações gerais e as propostas de ação que se encontram
na citada Carta apostólica Porta Fidei do Papa Bento XVI e na Nota com
indicações pastorais para viver o Ano da Fé. <em>(Congregação para a Doutrina da Fé, Nota com indicações pastorais para o Ano da Fé, 2012.01.06)</em> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Os Bispos da Igreja em Portugal
exortam os agentes pastorais, a nível de dioceses, paróquias, congregações,
movimentos e os responsáveis das mais diversas instituições eclesiais, que
promovam o estudo, a reflexão e a aplicação do Concílio Vaticano II, sobretudo
dos documentos mais relevantes, as Constituições: Lumen gentium, sobre a santa
Igreja; Sacrosanctum Concilium, sobre a sagrada Liturgia; Dei Verbum, sobre a
Revelação divina; e Gaudium et spes, sobre a Igreja no mundo contemporâneo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Propomos que as atividades e
iniciativas programadas, como cursos, jornadas, pregações, retiros, encontros,
peregrinações, intervenções na comunicação social e a própria oração, possam
abordar temas na linha das efemérides celebradas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">O momento celebrativo, a nível
nacional, será a 13 de outubro, em Fátima, aproveitando a habitual peregrinação
e praticamente em coincidência com a data da abertura do Concílio há 50 anos.
Fraternalmente unidos, agradeceremos a Deus a grande graça do Concílio Vaticano
II, que ainda hoje continua a ser bússola segura que norteia a vida e a ação da
Igreja de Cristo. (...)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">As próximas Jornadas Pastorais do
Episcopado, em junho, serão também momento de reflexão para avaliar o que já se
fez com vista a pôr em prática o Concílio e para projetar o que ainda falta
fazer. Todos precisamos de nos examinar para ver o que o Espírito diz à Igreja
em Portugal, a fim de continuar a experiência de Pentecostes do Vaticano II.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">O dinamismo de renovação
conciliar deve também passar pelo projeto em que está envolvida a Igreja nos
últimos tempos: «Repensar juntos a Pastoral da Igreja em Portugal», no
horizonte da nova evangelização. Celebrar o Concílio Vaticano II não significa
recordá-lo em clima de nostalgia do passado, mas revivê-lo e projetá-lo, na
abertura ao futuro onde Deus nos espera. Cabe<span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">‑</span><span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">nos a
missão de pôr sempre mais em prática o Vaticano II, um Concílio com 50 anos de</span>
atualidade.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
Fátima, 19 de abril de 2012</span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
Conferência Episcopal Portuguesa</span><br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
</span><br />Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-69580223384914068012012-05-17T12:49:00.000+01:002012-05-17T12:50:56.693+01:00IV Sessão, «A Liturgia a Partir de Baixo», 26 Maio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilGvGeD794LzCSu6sf3652Z7Onnl_XeCM57A1DAzq9rpaUb8QCX7P3VsdYDXee1c7fjaNUeZOX4-niWt781UCTYTdTAI7WrL2-D-z0xH-aA2hl6bL208HpRnz6aKsre1C4kRbYtb6MGdhq/s1600/538866_389288234455427_100001227623344_1172656_972616091_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilGvGeD794LzCSu6sf3652Z7Onnl_XeCM57A1DAzq9rpaUb8QCX7P3VsdYDXee1c7fjaNUeZOX4-niWt781UCTYTdTAI7WrL2-D-z0xH-aA2hl6bL208HpRnz6aKsre1C4kRbYtb6MGdhq/s400/538866_389288234455427_100001227623344_1172656_972616091_n.jpg" width="180" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
Será no próximo dia 26 de Maio, Sábado, a partir das 16h30, a IV sessão das comemorações dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Será com Ângelo Cardita, com o tema «A Liturgia a partir de baixo». Na Comunidade Cristã da Serra do Pilar. Contamos com todos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«As acções litúrgicas não são acções privadas, mas celebrações da Igreja, que é 'sacramento de unidade', isto é, povo santo reunido e ordenado sob a direcção dos bispos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, tais acções pertencem a todo o Corpo da Igreja, manifestam-no e afectam-no; porém, atingem cada um dos seus membros de modo diverso, segundo a diversidade dos estados, das funções e da actual participação.»</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<em>Sacrosanctum Concilium nº26</em></div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-41731885032641427082012-05-07T16:08:00.000+01:002012-05-07T16:20:29.810+01:00K. Rahner, «Marcha para o Gueto»<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFqXjzo-Nvew-lPfKuL70zK0467zPo56BuGbotq2SuMpvqa8EC-wDSM0WvmVX7iyWuC4UNHdT_HTjKO2DrvrX0xt5Yj8vM6dwApdW5SWJ8kBW1cg9ukmRKhcKQCHsklRB7zN2-NIq0VGod/s1600/090330-Rahner-WDR3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFqXjzo-Nvew-lPfKuL70zK0467zPo56BuGbotq2SuMpvqa8EC-wDSM0WvmVX7iyWuC4UNHdT_HTjKO2DrvrX0xt5Yj8vM6dwApdW5SWJ8kBW1cg9ukmRKhcKQCHsklRB7zN2-NIq0VGod/s200/090330-Rahner-WDR3.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Um texto do teólogo alemão K. Rahner, de nome «Marcha para o Gueto», escrito em 1972 por motivo do fim de uma revista católica alemã, a «Publik», e publicado de novo agora no livro «Clamor contra el Gueto», da Editorial Trotta.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<em><span style="font-size: x-small;">(Um pedido particular: sr.º António Coelho, agradecemos os comentários que nos enviou, mas como se tratam de questões particulares, pedimos que nos envie o seu endereço de email para podermos efectuar uma resposta. Obrigado).</span></em></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
«Aqui não falarei do naufrágio da Publik ainda que muitos considerem esse naufrágio como um sintoma de que aqueles que são os responsáveis por tal naufrágio (aos quais pertencem não só representantes da ‘Igreja-Instituição’ em sentido estrito, senão também muitos outros que configuram ‘o ambiente’) estão animados por uma vontade oculta de retrocesso do catolicismo alemão para o gueto, ainda que não confessem tal vontade nem a si mesmos nem muito menos aos demais. Também se sublinha que tais sintomas se multiplicam no catolicismo alemão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A vontade de gueto que se esconde a si mesma consiste em querer manter o catolicismo alemão e a Igreja Católica alemã tal como eram antes: um grupo muito homogéneo em si mesmo na fé, na praxis e na reacção diante do ambiente social, um grupo claramente delimitado face ao exterior, que estava orgulhoso da sua unidade e do significado que tinha para o exterior. Sabia expressar as suas íntimas convicções de fé em preceitos práticos e modelos de comportamento de forma relativamente rápida e com uma adesão quase geral de todo o grupo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Era um grupo que praticamente estava representado num partido político. Vivia, sem realmente dar-se conta, uma ‘religião’ que no geral e no seu estilo concreto, apesar de toda a sua pretensão de universalidade, correspondia a um grupo social pequeno-burguês e camponês. Propunha uma mensagem válida para todos e, por outro lado, não se sentia especialmente intranquilo no seu particularismo de índole confessional, política e cultural, porque para si mesmo era numeroso e socialmente não estavadesprovido de poder.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deveria ficar claro que de facto não se pode voltar a tal catolicismo, e também que a intenção de semelhante retorno contradiz o espírito do último Concílio. Esta consideração repercute-se no facto de que ninguém em geral confessará que deseja um retorno ao monolitismo da época de Pio XII e ao gueto. Mas, não acontece que tal vontade de retorno se verifica de facto em muitas manifestações concretas da vida eclesial e precisamente sem nenhuma teoria explícita sobre o gueto?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fala-se de um ‘pequeno rebanho’. Mas de forma não reflectida este é concebido segundo o modelo de uma seita que não quer de maneira nenhuma estar aberta à totalidade da sociedade e da cultura, querendo pelo contrário ser considerada como um ‘resto santo’, sem entregar-se com seriedade à missão universal da mensagem do Evangelho e da Igreja. Identifica-se de forma demasiado simples fé cristã e teologia e por isso todo o pluralismo teológico –por vezes incómodo, certamente – é tratado como uma ameaça à unidade da fé.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mantém-se o consagrado através do uso tradicional, por mera rotina, como o justo meio com o qual se há de defender de tudo o que é novo, e não se tem em conta que também a rotina pode ser muito ‘extremista’. O pequeno número dos ‘praticantes’ cristãos de outras igrejas se converte em argumento de que não haveria de se esforçar particularmente em oferecer ao maior número possível de pessoas um cristianismo que lhes seja hoje realmente assimilável. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Coisas secundárias, de cuja relatividade não se pode de maneira nenhuma pôr em causa, tornam-se na prática ponto fixos absolutos, a partir dos quais se calcula e decide toda a estratégia eclesial e político-espiritual. Esquece-se que também existe um ‘tuciorismo’ (nome de um sistema moral extremado que,sobrevalorizando o axioma jurídico ‘na dúvida há-que escolher pela parte maissegura’, exige para actuar moralmente, inclusive de entre o que é possivelmente válido, a máxima segurança de opinião) do risco que em casos determinados oferece mais perspectiva de vitória que uma precaução esterilmente prudente. Apenas se arrisca realizar ‘experiências’ que não o são, porque, acabem como acabarem, não afectam a ninguém. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Existe uma pseudoteologia da marcha em direcção ao gueto, uma vontade de tal, nascida do medo, do desencanto pelos contratempos, da preocupação justificada ainda que temerosa pelo Evangelho e pela Igreja. Diante de tal pseudoteologia, inclusive não sendo reflectida e associada a um sistema, deve-se hoje estar atentos.» </div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-13108431230674628502012-04-30T16:48:00.000+01:002012-04-30T16:48:02.128+01:00A Condição Batismal e o Papel da Mulher na Igreja<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivze4Zrrw8CWfSEhsTmQ3QPD5KaL5gLqQiUUoXLkJ5QTUsAPJ_XQvLz4d9B73LXUe2R1bUv0KakWmXjYay3Ca6gcXKg_m2_6nzhrJbYWQCCVQ8PoORnrx2nxgbriUjkiXXixjFr9ClRfhS/s1600/574514_377689062282011_100001227623344_1139402_1896059293_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivze4Zrrw8CWfSEhsTmQ3QPD5KaL5gLqQiUUoXLkJ5QTUsAPJ_XQvLz4d9B73LXUe2R1bUv0KakWmXjYay3Ca6gcXKg_m2_6nzhrJbYWQCCVQ8PoORnrx2nxgbriUjkiXXixjFr9ClRfhS/s320/574514_377689062282011_100001227623344_1139402_1896059293_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi na passada sexta-feira, 27 de Abril, que a caríssima teóloga e religiosa da Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria, Sara Renca, nos partilhou uma clara e fundamentada conferência sobre a Condição Batismal e o Papel da Mulher na Igreja tal como apontou o Concílio Vaticano II.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foram essencialmente três os eixos nos quais esta Engenheira de Minas de formação partiu para abordar o tema: a passagem de Lg 9 e 32, a leitura de Gen 1,26-28, e a própria actuação de Jesus junto das mulheres do seu tempo, como o podemos entrever em passagens como Jo 8,1-11. Dos três eixos destaca-se como, ao longo das Escrituras como no próprio Concílio, o papel da mulher foi reconhecido como de igual dignidade e condição face ao homen, mesmo em contextos culturais nos quais tal não era evidente, e continua a não o ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No próprio Novo Testamento, 20% dos nomes próprios reconhecidos nos discípulos de Jesus pertencem a mulheres; são muitas as que surgem na longa lista de saudações enviadas pelo Apóstolo Paulo em Rom 16. Diversos indícios permitem sugerir que, num contexto cultural adverso, as mulheres desempenham um papel activo no cristianismo nascente, numa dignidade activa que foi concedida pelo próprio Jesus, acompanhado ao longo do seu ministério por mulheres - outro elemento que constitui uma novidade no seu tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E em relação ao papel da mulher, hoje, na Igreja? Este foi o tema que esteve de modo latente presente na assembleia mas que a conferencista- e muito bem - optou por fundamentar primeiro com o percurso bíblico e conciliar sobre a igual dignidade e condição da mulher. O que obriga a retirar consequências práticas, hoje também - ou então não seria necessário este tema de conferência, como bem realçou Sara Renca no início do encontro. E aqui, entram sobretudo o tempo e o diálogo - diálogo que a conferencista realçou por diversas vezes que o Magistério se encontra disponível, a partir da homilia da Missa Crismal deste ano de Bento XVI. Trata-se, no fundo, de continuar a descobrir o que proclamou Paulo VI na Mensagem de Conclusão do Concílio Vaticano II:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
«A Igreja orgulha-se, como sabeis, de ter dignificado e libertado a
mulher, de ter feito brilhar durante os séculos, na diversidade de caracteres, a
sua igualdade fundamental com o homem. Mas a hora vem, a hora chegou, em que a vocação da mulher se
realiza em plenitude, a hora em que a mulher adquire na cidade uma influência,
um alcance, um poder jamais conseguidos até aqui.»</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixev2jkHONWipp3EkwSDteM61u4e4gqdHe6Enkka5DMuPr37Ngbsy5IadHzMYSFIe7P6ukyLO6zSrNjmPfB2Y6A0q4r96kXtM1ufy3x4k3rpwSeRHrNd4elpML9ASDHFsvo6VJm1D8Vnis/s1600/576765_377689505615300_100001227623344_1139403_122192714_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixev2jkHONWipp3EkwSDteM61u4e4gqdHe6Enkka5DMuPr37Ngbsy5IadHzMYSFIe7P6ukyLO6zSrNjmPfB2Y6A0q4r96kXtM1ufy3x4k3rpwSeRHrNd4elpML9ASDHFsvo6VJm1D8Vnis/s320/576765_377689505615300_100001227623344_1139403_122192714_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-38563883977102954322012-04-23T18:24:00.004+01:002012-04-23T18:29:17.650+01:00A Condição Batismal e o Papel da Mulher<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQgO0DKUmWmgD1lDPPC7E9aidiyn4q_EYzX8cUF31DzXURl68sWnqa6zRXVDVwGqIcEiE88IKFCn3dd_M7iV7d_aGxe1hGqnmHN5Na8UDi7yvOFKvPYLA_4l8W2DkAUTKgIrFzww3mhAmn/s1600/marcador+net2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQgO0DKUmWmgD1lDPPC7E9aidiyn4q_EYzX8cUF31DzXURl68sWnqa6zRXVDVwGqIcEiE88IKFCn3dd_M7iV7d_aGxe1hGqnmHN5Na8UDi7yvOFKvPYLA_4l8W2DkAUTKgIrFzww3mhAmn/s400/marcador+net2.jpg" width="181" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Será já na próxima <strong>Sexta-Feira</strong>, dia <strong>27 de Abril</strong>, a partir das <strong>21h30</strong>, a terceira sessão do Ciclo de Conferências dedicado à celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Desta vez o tema será a <strong>«A Condição Batismal e o Papel da Mulher»</strong>, e será orientado por Maria Sara Renca. O local, é o do costume: o belo Salão Nobre do Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia. Contamos consigo!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">«É uno o povo eleito de Deus: 'um só Senhor, uma só fé, um só batismo' (Ef 4,5); </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">comum é a dignidade dos membros, pela sua regeneração em Cristo,</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisível. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Nenhuma desiguldade existe em Cristo e na Igreja, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">por motivo de raça ou de nação, de condição social ou de sexo, </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large;">'pois não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: large;">não há homem e mulher; porque todos sois um em Cristo Jesus' (Gal 3,28; cf. Cl 3,11).»</span> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Lumen Gentium 32</span></em></div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-20660365457850779652012-03-17T10:23:00.002+00:002012-03-17T10:24:24.447+00:0050 Anos Depois...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2YCE4IT2fvAq5261_OlgHeKMv8RTW1Do-oBOp_U2auK6cag0smt5mbAzuGCCtwWFTWmNwGQwbnZczHJ5-tMtU4IJnTtfnoHpXy76wVBTv7pzI51VpmBuzkFf_oB8K4vklfCtvNaFzz-id/s1600/aborges2011.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2YCE4IT2fvAq5261_OlgHeKMv8RTW1Do-oBOp_U2auK6cag0smt5mbAzuGCCtwWFTWmNwGQwbnZczHJ5-tMtU4IJnTtfnoHpXy76wVBTv7pzI51VpmBuzkFf_oB8K4vklfCtvNaFzz-id/s200/aborges2011.png" width="150" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Este ano passam 50 anos sobre um
dos acontecimentos mais importantes do século XX: o Concílio Vaticano II, que o
Papa João XXIII abriu em Outubro de 1962. Sem ele, é impossível imaginar o que
seria hoje a Igreja Católica e, por arrastamento, o mundo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
Quem não viveu a situação e
quiser aproximar-se do que era então a Igreja vá ler os manuais de teologia
dogmática, de teologia moral, de direito canónico, de liturgia, pelos quais
estudavam os futuros padres antes do Concílio. Pense-se, por exemplo, que, na
década de 50 do século XX, ainda se proibia às freiras a leitura da Bíblia e
que estava em vigor o Índex ou catálogo dos livros proibidos aos católicos,
onde figuravam não só teólogos e críticos da Igreja, mas também os pais da
ciência e da filosofia modernas e grandes nomes da literatura.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Quando se lê essa lista, se não
se mantiver algum humor, fica-se atónito. Depois, é preciso lembrar que, por
exemplo, o insigne renovador da moral católica, padre B. Hãring, escreveu,
pouco antes de morrer, que tinha passado por dois processos na sua vida - o que
lhe fez a Gestapo na segunda guerra mundial e o que lhe fez o Santo Ofício em
Roma - e assegurava que o da Gestapo tinha sido mais suportável do que o do
Santo Ofício. E o padre Y. Congar, eminente professor de teologia e, no final
da vida, nomeado cardeal, escreveu à mãe, já anciã, a partir da sua experiência
de censura por parte do Vaticano: "Praticamente destruíram-me. Na medida
da sua capacidade destruíram-me. Não tocaram o meu corpo; em princípio, não
tocaram a minha alma. Mas a pessoa de um homem não se limita à sua pele e à sua
alma. Sobretudo, quando esse homem é um apóstolo doutrinal, ele é a sua
actividade, é os seus amigos, as suas relações, é a sua irradiação normal. Tudo
isto me tiraram; espezinharam tudo isso, e feriram-me profundamente.
Reduziram-me a nada</span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> e, consequentemente, destruíram-me. Em certos momentos, sou
prisioneiro de um imenso desconsolo."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">O Vaticano II foi, depois da
decisão, logo no início, da aberrora do cristianismo aos gentios, o acontecimento
mais importante para a história da Igreja. Foi a partir dele que ela se viu
como verdadeiramente Universal, já não romanocêntrica, com sucursais ou filiais
espalhadas pelo mundo. A Cúria Romana, mesmo que de forma tímida,
internacionalizou-se, e as Conferências episcopais adquiriram autonomia. 0s
leigos assumiram responsabilidades na Igreja, que se autocompreendeu mais como
Povo de Deus.</span><br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
A Igreja tentou então uma
reconciliação com a modernidade, estabeleceu-se uma atitude fundamentalmente
positiva em relação à democracia, à ciência, ao progresso, afirmou-se
claramente a liberdade religiosa e de consciência, os direitos humanos foram
inequivocamente afirmados, reconheceu-se a separação da Igreja e do Estado, do
poder religioso e do poder político, a autonomia das realidades terrestres, da
ciência, da economia, da política, da própria moral. Abriu-se uma era
ecuménica, assumindo a Igreja muitas das exigências da Reforma. Outras
comunidades cristãs foram reconhecidas como Igrejas, as celebrações litúrgicas
viram consagrado o uso das línguas vernáculas, o padre deixou de celebrar de
costas para o povo, a Bíblia tomou o seu lugar central na liturgia, na pregação
e na vida dos crentes, e o seu estudo histórico-critico devia ser continuado.
Condenou-se o anti-semitismo com o qual a Igreja tinha sido cúmplice, abriu-se
um caminho novo de respeito, de diálogo e cooperação com todas as religiões e
também com os não crentes.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A Igreja encontra-se hoje numa
crise, que alguns, sem razão, querem atribuir ao ConCÍlio. Passados 50 anos, é
tempo para celebrar e sobretudo para reflectir. Há dias, o novo bispo de
Lamego, António Couto, foi dizendo, com razão, que, infelizmente, a Igreja
comunica a sua mensagem de forma "chata". Julgo que é preciso ir mais
longe e perguntar se a Igreja anuncia e pratica verdadeiramente o Evangelho
enquanto notícia felicitante ou, pelo contrário, tantas vezes, o Disangelho (má
notícia), como denunciou Nietzsche.<o:p></o:p></span></div>
<em>Anselmo Borges, In Diário de Notícias, 17 de Março de 2012</em>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-56363005602193902582012-03-15T18:01:00.000+00:002012-03-15T18:02:04.226+00:00A Hora do Concílio é Hoje<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHVFf_clmFwTnypGNl_oP0pZ6F9ymcLgpCt-CMVcWRq4vwKUEMWNKoVXFjIDo26cm_2q80ku6rYy_4ynq_HHHfXK4YJwGQQio4_kwZ85xWus220Xls1X3zmTwzQ66H0NgqbjAZAh_stIzL/s1600/Frei_Bento+Domingues.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHVFf_clmFwTnypGNl_oP0pZ6F9ymcLgpCt-CMVcWRq4vwKUEMWNKoVXFjIDo26cm_2q80ku6rYy_4ynq_HHHfXK4YJwGQQio4_kwZ85xWus220Xls1X3zmTwzQ66H0NgqbjAZAh_stIzL/s200/Frei_Bento+Domingues.jpg" width="195" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">1. No programa de actividades do centro cultural Le
Saulchoir (Paris), para 2011-2012, consta um seminário de mestrado subordinado
à questão: "Haverá futuro para as religiões nas sociedades
secularizadas?" Essa pergunta supõe que as religiões perderam, desde há
várias décadas, o monopólio da oferta de um sentido para a aventura humana. A
descristianização das sociedades europeias, a desinstitucionalização da prática
religiosa, a subida crescente do pluralismo religioso e do individualismo em
todos os aspectos da vida em sociedade, o aumento crescente do poderio da
técnica apresentam-se como sinais da pluralização do sentido. Mas estaremos
condenados a renunciar a toda e qualquer representação religiosa ou espiritual
do sentido da existência humana, individual e colectiva?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Dada a complexidade e amplidão do fenómeno, é normal que o
seminário tenha convocado especialistas nas áreas da Filosofia, da Ética, da
Teologia, da Antropologia e da História. As religiões valem enquanto expressões
da vida profunda. A denúncia das suas imposturas e a desconstrução das suas
representações insensatas - de que Jesus Cristo foi um mestre incomparável -
não podem esquecer os seus imensos recursos, na diversidade das suas formas,
para configurar o sentido da aventura humana. Como dizia José Régio, os que
falam da religião como alienação suprema não podem compreender de quantas
alienações ela nos liberta. A esperança de que a própria morte é trânsito
misterioso para o grau mais evoluído da existência é profundamente humanista.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">2. As lideranças que não assumem a historicidade das
expressões e organizações religiosas confundem a fidelidade com idolatrias
dogmáticas e não enxergam o anacronismo dos preceitos que não respeitam os
direitos humanos. As religiões vivem da comunhão dos tempos, mas, segundo Jesus
Cristo, o espírito do vinho novo pede odres novos para não deitar tudo a
perder. Sem a clarividência e a divina coragem do Papa João XXIII - um velho
com sonhos – a Igreja Católica Romana não teria vivido a grande revolução que
nenhuma traição ou </span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">eclipse poderá apagar. As investigações, colóquios, debates,
conferências e publicações em curso sobre o papel do Vaticano II vão ter
frutos. John W. O"Malley (What Happened at Vatican II) retraçou, de forma exemplar, o
que aconteceu, desde o seu anúncio, a 25 de Janeiro de 1959, até à celebração
da sua clausura, a 8 de Dezembro de 1965. Faz reviver, passo a passo, os
grandes debates conciliares, o trabalho das comissões e as relações, por vezes
difíceis, entre Paulo VI e a assembleia dos bispos. Mas, ao destacar as
diferentes correntes que se afrontaram, evita a sua caricatura e as leituras
simplistas de uma oposição evidente e renhida entre progressistas e
conservadores.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É evidente que já não estamos em 1959 nem no ano 2050, mas é
precisamente a ruptura e a comunhão dos tempos que exige perguntas básicas. O
que representou o concílio para as gerações que o viveram? O que aconteceu para
passar a ser ignorado ou silenciado durante décadas? O que fazer agora para que
as gerações actuais de católicos - num mundo onde se alargam as desigualdades,
cresce a pobreza e se agrava a crise ambiental - assumam, com todos os seres
humanos de boa vontade, religiosos ou não, a reconfiguração de um presente que
escute as vozes do passado e se abra o futuro? O puro actualismo é uma ficção.
A história é uma caixa de surpresas. Não temos o mundo com que sonhámos. Por
outro lado, o ritmo das mudanças, sobretudo a nível científico e técnico - com
repercussões em todas as áreas, mesmo na religiosa -, é tão rápido que, em
muito pouco tempo, o que era solução aparece como problema.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">3. Dir-se-á que isto é uma cedência ao relativismo, uma
indiferença aos valores perenes. Talvez não. É uma cautela com os projectos
megalómanos que esquecem a historicidade da nossa condição humana e, portanto,
também da condição da Igreja, que ganhará com uma espiritualidade do
provisório. Se uns gostam de rezar, "assim como era no princípio agora e
sempre pelos séculos dos séculos", outros preferem a oração do "pão
nosso de cada dia", recomendada pelo próprio Jesus. Tomar a sério a
interfecundidade do diálogo com ateus, agnósticos, com outras configurações
religiosas do Oriente e do Ocidente, com outras Igrejas cristãs é um imperativo
do concílio. O mistério de Deus e do mundo é maior do que as querelas vãs em
que nos perdemos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A importância da família - com as suas diferentes tradições
e as suas metamorfoses - deve estimular a Igreja Católica a repensar as uniões
de facto, o casamento civil, o divórcio e o recasamento. Todas essas situações
podem ajudar a Igreja a descobrir mundos que tende a ignorar e situações que
precisam de evangelização. A teologia dos ministérios ordenados - serviços da
comunidade cristã - precisa de ser repensada. Uma doutrina que impede as
mulheres de poderem ser chamadas a receber o sacramento da Ordem continua a
semear a desordem na Igreja. O documento conciliar Gaudium et Spes - Alegria e
Esperança - sobre a Igreja no mundo contemporâneo é, por natureza, provisório.
O seu espírito exige uma reencarnação contínua.<o:p></o:p></span></div>
<br /><span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><em>Frei
Bento Domingues O.P., in Público, 26 de Fevereiro de 2012</em></span></span>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-82252701260118877792012-02-18T20:39:00.000+00:002012-02-18T20:51:15.852+00:00A Igreja: um Povo?! - 24 Fevereiro 2012<div style="clear: both; text-align: justify;">
<br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-size: large;">«<em>E</em></span><em>ste</em> Povo Messiânico tem por <strong>Cabeça</strong> Cristo, «o qual foi entregue por causa das nossas faltas e
ressuscitado por causa da nossa justificação» (Rom. 4,25) e, tendo agora
alcançado um nome superior a todo o nome, reina glorioso nos céus. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> <em>Tem</em> por <strong>Condição</strong>
a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus, em cujos corações o
Espírito Santo habita como num templo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> <em>A</em> sua <strong>Lei</strong> é o novo mandamento, o de amar
assim como o próprio Cristo nos amou (cfr. Jo. 13,34). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> <em>Por último</em>, tem por <strong>Fim</strong> o
Reino de Deus, o qual, começado na terra pelo próprio Deus, se deve desenvolver
até ser também por ele consumado no fim dos séculos, quando Cristo, nossa vida,
aparecer (cfr. Col. 3,4) e «a própria criação for liberta do domínio da
corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus» (Rom. 8,21).»</span> </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: x-small;"><em>(Lumen Gentium 9)</em></span></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBkJLt9Mi5OrhYpHjsx0eZ7jbkKI0g4GH9kxpaxVZmOPSSSP_sMd1jTI54A-ZrGy1GvnQb-QWa8nT21PS-irVKiKyxVSyuTJMcyXK-Y9jhpDdlTfTTnBl604gIVTZ3prdwvcDZQbqbmQ4o/s1600/concilio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBkJLt9Mi5OrhYpHjsx0eZ7jbkKI0g4GH9kxpaxVZmOPSSSP_sMd1jTI54A-ZrGy1GvnQb-QWa8nT21PS-irVKiKyxVSyuTJMcyXK-Y9jhpDdlTfTTnBl604gIVTZ3prdwvcDZQbqbmQ4o/s320/concilio.jpg" width="225" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">É já na próxima <span style="color: #660000;"><strong>Sexta-Feira, 24 de Fevereiro</strong>,<span style="color: black;"> às</span> <strong>21h30</strong></span>, que se realizará o II Encontro sobre os 50 anos do II Concílio Vaticano:</span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: large;"><strong><em>A Igreja: um Povo?!</em></strong></span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Será no "local do costume", o Mosteiro da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia.</span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a href="http://maps.google.com/maps/place?q=serra+do+pilar&hl=pt-PT&cid=12353973913943855267" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" height="109" id="Image2_img" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtKZ6wYQXU6vS1d9dtfbZzZqJohxAKP-G8LQe421xj0-QoemalgJblnRmsuBoKQIf-ZTw3dObAGD5ROUz6NBxD84VBzsJMDHAaJpl0sLbOAvmrnYHtx4URhUgxE7P8mNKDtMmf20o-iOgk/s250/3cLOasRYa_oBRjH778E1yeJwBSRGeTs6bEWxvoHfctiLSFBeRLAaDgbv6q-I52NYV6ONjxQMeygq3ggXR6sZZg2L97gGKeaZCMNhizBmMmYhESBYo6tQcRQgEbB-1zvgPm13rjMRJlU5F36gY.png" style="visibility: visible;" width="150" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="caption"><span style="font-size: x-small;">Largo de Avis (junto à ponte D. Luis), 4300 Vila Nova de
Gaia</span></span> </div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-40156081408115549022012-01-24T18:26:00.000+00:002012-01-24T18:29:28.407+00:0025 de Janeiro de 1959<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUScVupklhUrnkbOsiHUHV0yok1NR8FZPm4CBtqTH4vYzFYRTtVTZkyhNaELZvWgEJTUXOQMll7X89CLqlWY5wBVjU0XbgfznZYzmJw66pf_jE-2Z-JCIwP-eOTUwdRD0L-T8lbZMsOH3d/s1600/Papa+Joao+XXIII.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUScVupklhUrnkbOsiHUHV0yok1NR8FZPm4CBtqTH4vYzFYRTtVTZkyhNaELZvWgEJTUXOQMll7X89CLqlWY5wBVjU0XbgfznZYzmJw66pf_jE-2Z-JCIwP-eOTUwdRD0L-T8lbZMsOH3d/s1600/Papa+Joao+XXIII.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A 25 de Janeiro de 1959, numa alocução aos Cardeais reunidos na Basílica de S. Paulo Extra-Muros em Roma, anunciou João XXIII: «Anunciamos diante de vós, tremendo um pouco de emoção, mas com uma humilde resolução, o nome e a proposta de uma dupla celebração: a de um Sínodo Diocesano para a Urbe (Roma), e a de um Concílio Ecuménico para a Igreja Universal.» A par destas duas iniciativas, o Papa pedia uma actualização do Código de Direito Canónico (encontrava-se em vigor o Código de 1917).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Não deixa de ser interessante como o próprio Papa Roncalli descreve, no seu diário, o processo que levaria a esta decisão. Ele próprio compreende que a sua eleição como Papa seria para um período curto e transitório, dada a sua idade avançada:
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">«Quando a 28 de Outubro de 1958 os cardeais da Santa Igreja Romana me
designaram para a suprema responsabilidade do governo do rebanho universal do
Cristo Jesus, aos setenta e sete anos de idade, difundiu-se a convicção de que
eu seria um Papa provisório de transição. Em vez disso eis-me na véspera do
quarto ano de pontificado, perante a visão de um robusto programa a desenvolver
diante do mundo inteiro que nos observa e espera.» (escrito a 10 de Agosto de 1961).</span><br />
<br />
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">João XXIII afirma repetidas vezes que a ideia da convocação de um Concílio lhe surgiu de um modo inesperado, sem ter recebido alguma sugestão ou opinião, e sem ter debatido a questão com algum conselheiro. A 15 de Setembro de 1962, o Papa no seu diário agradece a graça «de me
terem surgido como simples e imediatas de execução algumas ideias nada complexas,
antes simplicissimas, mas de vasta responsabilidade dianto do futuro, e com
sucesso imediato (…) Sem o ter pensado antes, surgiu-me num primeiro colóquio
com o meu Secretário de Estado, a 20 de Janeiro de 1959, as palavras Concílio
Ecuménico, Sínodo Diocesano e recomposição do Código de Direito Canónico, sem o
ter pensado antes, e contrariamente a qualquer suposição ou imaginação minha
sobre este ponto. O primeiro a ficar surpreendido com esta minha proposta fui
eu próprio, sem que alguém me tenha alguma vez dado alguma sugestão. E no
entanto tudo me pareceu depois tão natural no seu desenrolar imediato e
contínuo. E depois de tres anos de preparação, laboriosos é certo, mas também
felizes e tranquilos, eis-me agora ao sopé da santa montanha. Que o Senhor nos
sustente em conduzir tudo a um bom termo.»</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia;"><span style="font-family: Times New Roman;">
</span><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">E, a 11 de Outubro de 1962, dia da Inauguração do Concílio, escreve: «Este dia assinala a abertura solene
do Concílio Ecuménico. A notícia surge em todos os jornais, e em Roma
encontra-se no coração exultante de todos. Agradeço ao Senhor que me permitiu não
ser indigno da honra de abrir em seu nome este início de grandes graças para
sua Igreja Santa. Ele fez com que a primeira semente que possibilitou, durante
três anos, este acontecimento saísse da minha boca e do meu coração.»</span></span></div>
<br />
<span style="font-family: Georgia;">(Para conhecer um pouco da biografia de João XXIII, basta <a href="http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20000903_john-xxiii_po.html">clicar aqui</a>)</span><br />
<span style="font-family: Georgia;"></span><br />
<span style="font-family: Georgia;"><div style="text-align: justify;">
</div>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-25706940747704691252012-01-21T18:33:00.011+00:002012-01-22T17:13:48.703+00:00Uma Janela Aberta para o Mundo - 20 Janeiro 2012<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb1RPJREd4rVfpFNR3Xb6NRJIRcrUP3aNroKRgN3_qsyIlKhgss6O28fGvq6WfIElL-ntnILSu-G-BrTGD2KJCSUfc5gUFGj3AU13XLJeYBrciSHVh89FgWCIpbPntUVS2c2SyOj8gJI6O/s1600/402040_307807702603481_100001227623344_956244_63135474_n.jpg"><img alt="" border="0" height="240" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5700156836133060658" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb1RPJREd4rVfpFNR3Xb6NRJIRcrUP3aNroKRgN3_qsyIlKhgss6O28fGvq6WfIElL-ntnILSu-G-BrTGD2KJCSUfc5gUFGj3AU13XLJeYBrciSHVh89FgWCIpbPntUVS2c2SyOj8gJI6O/s320/402040_307807702603481_100001227623344_956244_63135474_n.jpg" style="float: left; height: 240px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 320px;" width="320" /></a><br />
<div align="justify">
Tal como o previsto e, ao mesmo tempo, muito para além das expectativas: tal foi a sessão inaugural deste ano dedicado, na Comunidade Cristã da Serra do Pilar, aos 50 anos do início do II Concílio Vaticano. Desde logo pelo número bastante grande de pessoas presentes, muitas das quais cuja presença não é habitual na comunidade. Depois pela bela conferência partilhada pelo pe. Arlindo Magalhães.<br />
<br />
Torna-se fácil falar dos temas e das experiências que nos apaixonam; desde logo foi a frase de abertura da conferência: "O Concílio foi o acontecimento mais marcante da minha vida". Um Concílio que tantas expectativas criou, na Igreja como fora nela, e que tantas "ondas" levantou, numa Igreja que, ainda bem, é um organismo vivo e por isso com conflitos, dramas, tensões, experiências. Um Concílio que surgiu de modo inesperado da sabedoria e génio do Papa João XXIII mas que, como bem o reflectimos nesta noite, foi um Concílio nascido e pedido pelos movimentos de renovação pastoral, eclesial, bíblica, teológica e litúrgica que, desde a segunda metade do século XIX, foram crescendo no seio da Igreja. O 20º Concílio na história da Igreja, mas um Concílio inédito tanto pelo número de bispos presentes (cerca de dois mil), como pela presença de observadores, tanto de leigos como de líderes de outras Igrejas Cristãs e de outras Religiões.<br />
<br />
Ao pedido fundamental do Papa João XXIII - o de um Concílio Pastoral, que se dedicasse à relação da Igreja com o Mundo e à renovação da linguagem da Fé - respondeu o Concílio com uma série de mudanças que renovaram por completo a compreensão que a Igreja tem de si própria assim como da sua relação com o Mundo e as Outras Igrejas e Religiões. Questões como a "igualdade fundamental dos crentes" (LG 32), a identificação com as "alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos homens do nosso tempo" (GS 1), a reflexão sobre a Revelação e a Tradição ou a Reforma Litúrgica são algumas, entre outras, às quais nos dedicaremos a reflectir durante este ano. Entre todas, destaca-se o esquema utilizado na elaboração do documento Lumen Gentium, na qual o capitulo sobre a Igreja como Povo se encontra antes dos capítulos sobre a Hierarquia, os Leigos e os Religiosos: trata-se de uma verdadeira "Revolução Copernicana".<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A expressão "Revolução Copernicana" foi utilizada pelo cardeal Suenens, em 1970, num congresso celebrativo do Concílio, 5 anos depois do seu final, pela revista Concilium, que editou um número especial com as intervenções do Congresso. Dizia Suenens, referindo-se à inversão que a noção de Povo causou - tratar-se do Povo antes do Papa e dos Bispos! -: “esta inversão impõe-se-nos como uma espécie de constante revolução mental, cujas consequências ainda não acabamos de medir!"<br />
<br />
E hoje, onde encontramos presentes estas linhas fundamentais que o Concílio traçou? Na prática pastoral, na reflexão teológica, nos pronunciamentos do Magistério, na vida das Comunidades? Fará o Concílio parte apenas da história, para ser recordado com saudade ou com ironia? São retiradas todas as consequências destas intuições e revoluções? Precisa o Concílio de ser interpretado ou de ser aplicado, pergunta esta que foi lançada durante a conferência. Cerca de 120 pessoas, numa noite não excessivamente fria (temperada até, depois, com um cházinho), no belo salão nobre do quartel do RA5 da Serra do Pilar. Fica o próximo encontro, 24 de Fevereiro, à mesma hora.</div>
</div>
<br />
<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPT628PZkfZVObteVIgXN1H3lhk0_ot4reU-aN-95BJPLpTTPtFPvxCXZbtyd2HsVWdbLGWvnrvqjXYZlPz1F9heeJgWxuDJKf3oaaiOncqvQGsIkxAjtsX_xk7YUV8Sp4MnI-fy4F5AAr/s1600/394062_307808122603439_100001227623344_956249_403974787_n.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5700156582424883282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPT628PZkfZVObteVIgXN1H3lhk0_ot4reU-aN-95BJPLpTTPtFPvxCXZbtyd2HsVWdbLGWvnrvqjXYZlPz1F9heeJgWxuDJKf3oaaiOncqvQGsIkxAjtsX_xk7YUV8Sp4MnI-fy4F5AAr/s320/394062_307808122603439_100001227623344_956249_403974787_n.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 240px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<div>
</div>
</div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-84000104511036510732012-01-17T12:22:00.002+00:002012-01-17T12:26:18.309+00:00O Vento<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMK9rfYzxlPrv8k6JS5RyNNUWXuF6XQrIlziApCciieaEnT4M-GZ1RALCG5kkvi4J3DTptw7UEPHx16PKORCj8dqqmIlVOCHu4t20VCtBMqwalMlFh_n0DlDO0WUJK74n5rBtBDFxMIGCi/s1600/folhas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 217px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMK9rfYzxlPrv8k6JS5RyNNUWXuF6XQrIlziApCciieaEnT4M-GZ1RALCG5kkvi4J3DTptw7UEPHx16PKORCj8dqqmIlVOCHu4t20VCtBMqwalMlFh_n0DlDO0WUJK74n5rBtBDFxMIGCi/s320/folhas.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5698575738235724914" border="0" /></a><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Arial","sans-serif""><b><span style="background:white"></span></b></span><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-size: 9pt; font-family: georgia;"></span></span><span style="font-size: 9pt; font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size:100%;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;"><br /></span></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt; font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size:100%;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">O Vento sopra contra<br /></span></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt; font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size:100%;"><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">As janelas fechadas</span><br /><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Na planície imensa</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Na planície absorta,</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Na planície que está morta</span><br /><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">E os cabelos do ar ondulam loucos</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Tão compridos que dão a volta ao mundo</span><br /><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Sento-me ao lado das coisas</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">E bordo toda a noite a minha vida</span><br /><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Aqueles dias tecidos</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Que tinham um ar de fantasia</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Quando vieram brincar dentro de mim</span><br /><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">E o vento contra as janelas</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-family: georgia;">Faz-me pensar que eu talvez seja um pássaro.</span><br /></span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-style: italic;"></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Arial","sans-serif""><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-style: italic;">Sophia de Mello Breyner</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-style: italic;">in: "Obra Poética I", Caminho 1999</span></span></p>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-62532206750914059882012-01-16T11:38:00.000+00:002012-01-16T11:39:15.425+00:00<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnn5pkzKNDIAOZcJ1Khyxe_1kyh3cR1lCcgZJW8gghKoUI49qszsiDJhIW1RE_-a_b1Pkc9Xc1F3_4VFjdaKqjME7rwXV8ASg4cMY3-LZDhxAujkiKoJuGgiIuQcPnA6NW4Ot1_vG9MnpM/s1600/concilio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnn5pkzKNDIAOZcJ1Khyxe_1kyh3cR1lCcgZJW8gghKoUI49qszsiDJhIW1RE_-a_b1Pkc9Xc1F3_4VFjdaKqjME7rwXV8ASg4cMY3-LZDhxAujkiKoJuGgiIuQcPnA6NW4Ot1_vG9MnpM/s400/concilio.jpg" width="281" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> «Apraz-nos enviar a todos os homens e a todas as nações a mensagem de Salvação, de Amor e de Paz que Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, trouxe ao mundo e confiou à Igreja. </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Queremos nesta assembleia, sob a direcção do Espírito Santo, procurar como havemos de nos renovar a nós mesmos, para que sejamos encontrados cada vez mais fiéis ao Evangelho de Cristo.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">De tal modo consagraremos as nossas energias e pensamentos à renovação de nós mesmos, Pastores, e do Rebanho a nós confiado, que a todos os povos se apresente amável o rosto de Jesus Cristo resplandecente em nossos corações.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Por isso, enquanto esperamos que, pelos trabalhos do Concílio, brilhe mais clara e viva a luz da fé, aguardamos uma renovação espiritual, da qual também se origine um feliz impulso que favoreça os bens humanos, isto é, as invenções da ciência, os progressos da técnica e uma difusão mais ampla da cultura.»</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Assim se exprimiam os Padres Conciliares na sua Mensagem a Todos os Homens de 20 de Outubro de 1962, nos primeiros dias do II Concílio do Vaticano que haveria de dar um impulso tão grande de Reforma e Vitalidade na Igreja. Passados quase 50 anos, a Comunidade Cristã da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, deseja celebrar este acontecimento Fundante, quer para a vida da Igreja como para a vida da nossa própria Comunidade. Uma série de encontros, a par com exposições, concertos e visitas, permitir-nos-á fazer Memória e renovar estes Princípios. Um Convite que se alarga a todos os cristãos e a "todos os homens".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9QkrdoKUItrSziguUNRY7LS0YCSgT-U_UVzWzMP8RWkI7n9GBFWBu6keEF7YxAHZYyIxymbTHv-Aeywbm6YkfW0TYS96w-CxX3snJy2CaSuCw6TMYyI4glAO-Zvn5DygA2EBJ1dfJ8Nrd/s1600/panfleto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" kba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9QkrdoKUItrSziguUNRY7LS0YCSgT-U_UVzWzMP8RWkI7n9GBFWBu6keEF7YxAHZYyIxymbTHv-Aeywbm6YkfW0TYS96w-CxX3snJy2CaSuCw6TMYyI4glAO-Zvn5DygA2EBJ1dfJ8Nrd/s400/panfleto.jpg" width="180" /></a></div>
<br />
<br />
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<br />
O primeiro encontro será já na próxima <strong><span style="color: #990000;">Sexta-Feira, 20 de Janeiro</span></strong>, pelas <strong><span style="color: #990000;">21h30</span></strong> no <em><strong>Mosteiro da Serra do Pilar </strong></em>(ver mapa acima)<em><strong>.</strong></em> Contamos com a vossa Presença!<br />
<br />
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<div style="text-align: left;">
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</div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173763235595430510.post-49782892191309535832012-01-15T11:41:00.000+00:002012-01-16T11:55:45.979+00:00Alguns Vídeos...<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/CADCGN3AsvU" width="480"></iframe></div>
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<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/3xpTDI2zwb8" width="480"></iframe></div>Rui Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01848944535269585388noreply@blogger.com1